A aplicação de uma dose de vitamina K por via intramuscular é realizada em todos os recém-nascidos, ainda nas primeiras horas de vida. Aliás, nos primeiros meses serão muitas as picadinhas, mas todas muito bem justificadas, para prevenção de problemas e doenças que seriam muito mais dolorosas para a criança.
A deficiência de vitamina K manifesta-se clinicamente por hemorragias cutâneas e do aparelho digestivo.
A doença hemorrágica do recém-nascido, bastante conhecida e temida pelos pediatras, teve diminuição de sua incidência após o início da administração profilática de vitamina K após o nascimento.
Mas por que o bebê precisa disso?
Os motivos para administrarmos vitamina K são os seguintes:
- pequena passagem de vitamina K pela placenta;
- ausência de flora intestinal para produzi-la;
- baixo conteúdo de vitamina K do leite materno (0,29mcg/100kcal).
Dose de vitamina K administrada
- recém-nascidos a termo: 1mg intramuscular, preferencialmente (poderia-se utilizar 2mg por via oral; nesse caso a dose terá que ser repetida com 1 ou 2 semanas de vida);
- recém-nascidos prematuros: com mais de 1kg ao nascer: 0,5-1mg por via intramuscular; com menos de 1kg ao nascer: 0,3mg por via intramuscular.
Também será necessário repetir a dose em prematuros que estejam em uso de antibiótico ou nutrição parenteral.
Fonte: Pediatria Brasil
Agora vamos falar do risco da Vitamina k na Deficiência de G6PD.
A Vitamina k é um forte indutor de Hemólise (quebra prematura dos glóbulos vermelhos), e em recém nascidos Deficientes da enzima G6PD seu maior risco é a Ictericia Neonatal que pode gerar uma Hiperbilirrubinemia e levar a sequelas irreversíveis.
Muitos recém nascidos foram diagnosticado com Deficiência de G6PD apos quadros de ictericia neonatal provocado pela ingestão da Vitamina k, uns sem sofrer sequela alguma, outros com sequelas irreversíveis. Visto o risco que a Vitamina k pode gerar em Deficientes de G6PD aconselhamos sempre os pais que pensam em ter outros filhos a conversar com os médicos que vai acompanhar o parto sobre a possibilidade do bebê ter a Deficiência e uma atenção redobrada ao administrar a Vitamina k. Visto que mesmo sendo um risco ela é necessária para o recém nascido.
A restrição da Vitamina k se dá apenas na forma hidrossolúvel a que os recém nascidos recebem na maternidade, em polivitamínicos e alimentos naturais e industrializados ela não é restrita.