Olá família G6PD. Que nossas crianças tem restrição para o medicamento contra malária todos sabemos, mas uma dúvida que rodeia a família G6PD é quanto a vacina. Pois bem, ainda não existe uma vacina contra malária, o que existe é um estudo de teste de uma vacina chamada RTS que está em estudos há 30 anos, e em 2015 foi liberado pela OMS para testes mais amplos em 3 países da Africa.
Ou seja, nem no Brasil a vacina é testada ainda, e nem será, ela só chegará ao Brasil caso realmente for aprovada, ai sim, será liberada em larga escala para combate mundial da malária. até o momento não existe nenhuma informação sobre a vacina que vem sendo testada e a Deficiência de G6PD, nada que indique que seja restrita ou liberada. Os testes nos países que forão beneficiados continuam sendo realizados até 2022. Apenas em 2022 teremos alguma notícia sobre a eficiência e liberação ou não dessa vacina. Deixarei a baixo um artigo sobre o tema para que fique mais claro. Esse é o artigo mais recente públicado em 2019.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou nesta terça-feira (23) que iniciará a implementação da primeira vacina contra a malária. A vacina, desenvolvida ao longo de 30 anos, tem proteção parcial contra a doença em crianças pequenas.
O primeiro país a receber doses da vacina será o Malaui. Nas próximas semanas, Gana e Quênia receberão doses também.
Segundo comunicado da OMS, a vacina RTS, S é a primeira e, até hoje, a única vacina que mostra um efeito protetor contra a malária em crianças pequenas e entrará para o calendário de vacinação destes países.
Nos testes, além da proteção parcial, a vacina também conseguiu reduzir a necessidade de transfusões de sangue em 29%. As transfusões são necessárias contra a anemia severa causada pela doença.
A eficácia da vacina foi estabelecida em teste anteriores envolvendo mais de 15 mil crianças da África subsaariana. Ficou comprovado que crianças que receberam 4 doses da vacina tiveram um risco significativamente menor de desenvolver malária.
Segundo a OMS, a malária mata 435 mil pessoas por ano, a maioria delas crianças menores de cinco anos.
“Temos visto ganhos tremendos de mosquiteiros e outras medidas para controlar a malária nos últimos 15 anos, mas o progresso estagnou e até reverteu em algumas áreas. Precisamos de novas soluções para recuperar a resposta da malária, e essa vacina nos oferece uma ferramenta promissora para chegar lá ”, disse o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus.
“A vacina contra a malária tem o potencial de salvar dezenas de milhares de vidas de crianças”-Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
A doença infecciosa é causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Os sintomas podem incluir febre alta, dor de cabeça, tremores e calafrios.
Quem pode tomar a vacina?
Cerca de 360 mil crianças por ano nos três países escolhidos devem receber as doses da vacina.
São necessárias 4 doses, sendo a primeira dose dada após os cinco meses de idade, seguida das doses 2 e 3 em intervalos mensais e a quarta dose perto dos dois anos de idade.
Segundo a OMS, os efeitos colaterais conhecidos incluem dor e inchaço no local da injeção e febre, efeitos semelhantes às reações de outras vacinas infantis.
Outro efeito relatado foi de convulsões ocasionais em crianças com febre. De acordo com a organização, as crianças que tiveram convulsões após a vacinação se recuperaram completamente e não houve consequências duradouras.
Países selecionados
A OMS explicou como selecionou os três países para o programa de vacinação contra malária. Em dezembro de 2015, a organização pediu que ministérios africanos da saúde interessados em colaborar no programa de implementação da vacina se apresentassem.
Dos dez países que se apresentaram, três foram selecionados para o programa com base em critérios como desejo de participação e programas de malária e imunização que funcionassem bem.
Outros critérios usados foram:
- bom controle da malária e de vacinações infantis
- transmissão de malária de moderada a alta, apesar da boa implementação de intervenções contra a doença
- um número suficiente de crianças pequenas que vivem nas áreas de transmissão da doença onde a vacina será introduzida
- forte pesquisa de implementação ou experiência de avaliação no país
- capacidade de avaliar os resultados de segurança
O programa de vacinação nestes países durará até 2022 e pesquisadores avaliarão seus resultados para uma possível implementação em larga escala.
Referências e artigos similares:
- The use of transgenic parasites in malaria vaccine research.Othman AS, Marin-Mogollon C, Salman AM, Franke-Fayard BM, Janse CJ, Khan SM.Expert Rev Vaccines. 2017 Jul;16(7):1-13. doi: 10.1080/14760584.2017.1333426. Epub 2017 May 30.PMID: 28525963 Review.
- Immunogenicity of a chimeric Plasmodium falciparum merozoite surface protein vaccine in Aotus monkeys.Burns JM Jr, Miura K, Sullivan J, Long CA, Barnwell JW.Malar J. 2016 Mar 15;15:159.
- Large screen approaches to identify novel malaria vaccine candidates.Davies DH, Duffy P, Bodmer JL, Felgner PL, Doolan DL.Vaccine. 2015 Dec 22;33(52):7496-505. doi: 10.1016/j.vaccine.2015.09.059. Epub 2015 Oct 1.PMID: 26428458 Free PMC article. Review.
- Antibody profiles to wheat germ cell-free system synthesized Plasmodium falciparum proteins correlate with protection from symptomatic malaria in Uganda.Kanoi BN, Takashima E, Morita M, White MT, Palacpac NM, Ntege EH, Balikagala B, Yeka A, Egwang TG, Horii T, Tsuboi T.Vaccine. 2017 Feb 7;35(6):873-881. doi: 10.1016/j.vaccine.2017.01.001. Epub 2017 Jan 12.PMID: 28089547