Olá família G6PD!
Hoje vamos falar sobre a restrição da Vitamina k, trouxe um resumo de um dos estudos que deixa bem claro essa questão. O estudo é muito longo e em inglês, então traduzi uma parte e trouxe o resumo final do mesmo para que todos possam entender.
Antes da leitura do estudo, vou facilitar as nossas vidas e já responder a nossa questão, a restrição da Vitamina k se deu por muito tempo por suspeitas dela ser indutora de hemolise, porém não a simples vitamina k dos alimentos ou dos suplementos vitaminicos, mas sim a vitamina k administrada nos recçem nascidos na maternidade, temos outros textos aqui no site falando sobre isso.
A vitamina k em alimentos ou em suplementos vitaminicos na realidade nunca foi restrita, e continua não sendo. Realmente a maior preocupação é a Vitamina k ministrada na maternidade, que ainda sim é aplicada dita hoje por muitos estudos como segura para Deficientes da enzima G6PD. E ainda que fosse restrita continua sendo ministrada entrando como risco x beneficios.
Ao ler o resumo desse estudo você irá compreender que não existe restrição para vitamina k em alimentos ou em suplementos, sendo assim não existe necessidade de restringir um suplemento vitaminico que contenha alguma dose de vitamina k, caso seu uso seja necessario.
“Quando a profilaxia com vitamina K foi introduzida pela primeira vez, foi utilizada a menadiona solúvel em água (vitamina K3). Esta preparação de vitaminas pode ser um forte oxidante. A administração de altas doses desse medicamento, tanto em recém-nascidos quanto em mulheres grávidas, esteve associada ao desenvolvimento de hemólise severa, hiperbilirrubinemia e câncer, principalmente em prematuros.
Os neonatos deficientes em G-6-PD estavam em maior risco para o desenvolvimento dessas complicações. A administração do vitamina K1 solúvel em gordura não estava associado a essas complicações e agora é a forma recomendada da vitamina. Usando um método in vitro, Shahal e cols.17 estudaram o eVect de vitamina K3 e K1 em G-6-PD normal neonatal eritrócitos. A vitamina K3, quando incubada com eritro-rocitos, causou danos oxidativos, como evidenciado pelo aumento do conteúdo de metahemoglobina e pela depleção de GSH. Por outro lado, a vitamina K1 não causou esses efeitos, após a incubação in vitro ou após a administração terapêutica.
A vitamina K1 é administrada com segurança tanto a G-6-PD normal quanto deficiente por muitos anos, e não tem sido implicada como causa de hemólise importante. capacidade antioxidante das células neonatais normais G-6-PD, estávamos preocupados a vitamina K1 pode possivelmente causar danos oxidativos nas células deficientes em G-6-PD e, portanto, ser responsável pela hemólise de baixo grau documentada nesses neonatos. Seria interessante ter realizado um estudo controlado e invivo do efeito da vitamina K1 de recém-nascidos deficientes em G-6-PD. No entanto, como os recém-nascidos deficientes em G-6-PD toleram profilaxia com vitamina K1 sem evidência evidente de hemólise grave e, como a retenção da vitamina K1 pode estar associada a hemorragia com risco de vida, não é possível justificar eticamente o atraso na administração de vitamina K1 para fins. Foram estudados vários sistemas in vitro para testar o efeito hemolítico de drogas em células sanguíneas deficientes em G-6-PD, para tentar imitar a situação in vivo.
Os resultados de nosso estudo sugerem que a vitamina K1 não causa dano oxidativo significativamente maior nas células sanguíneas vermelhas deficientes em G-6-PD do que nos controles, e que a hemólise aumentada encontrada nos neonatos deficientes em G-6-PD não pode ser atribuída a rotina de administração de vitamina K1”
Referências: