Hemólise: alteração, dissolução ou destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, tanto fisiológica quanto patológica, com liberação de hemoglobina; hematólise, eritrocitólise, eritrólise.
A hemólise (do grego, haema, sangue e lysis, romper/quebrar[1]) é uma destruição prematura das hemácias (glóbulos vermelhos) por rompimento da membrana plasmática, resultando na liberação de hemoglobina.
A hemólise in vivo pode ocorrer em várias condições e causa anemia hemolítica. As causas incluem:
- Anticorpos contra seus antígenos de superfície (Ex: Incompatibilidade do Sistema ABO ou fator Rh).
- Traumas físicos (Ex:Ferimentos)
- Deficiências na enzima G6PD
- Má formação das hemácias (Ex: Anemia falciforme)
- Mal funcionamento de bombas circulatórias
- Toxinas e drogas
- Agentes antivirais (ex: Ribavirina)
- Doenças autoimunes (ex: hipersensibilidade tipo 3)
- Infecções (Ex: Síndrome hemolítico-urêmica e Streptoccoccus)
- Púrpura trombocitopênica trombótica
Bom, eu sei que você já leu todo artigo possível sobre hemólise, e sei também que não é sobre termos técnicos que você quer saber né? Então vamos ao que interessa.
Hoje vou falar da Hemólise de uma forma mais simples, um papo de mãe pra mãe, afinal quando o assunto é Deficiência de G6PD e maternidade o que não falta é assunto não é mesmo? rs
Ao entender que hemólise é um processo natural do corpo, ou seja, todo ser humano hemolisa e isso é normal e necessário para nosso corpo, perdemos diariamente de 0,8 a 1% dos glóbulos vermelhos, isso é normal e o corpo tem potencial para repor essa perda. Agora o que precisamos compreender é que uma criança (ou adulto não importa a idade) com deficiência de G6PD pode sofrer uma hemólise induzida, o que não é normal, e a perda de glóbulos vermelhos chega a ser superior a 1% e o corpo do deficiente não tem potencial para repor esses glóbulos vermelhos perdidos.
Bom mãe, sei como é desesperador pensar nessa hipótese, pensar que nossos filhos podem chegar a condição de necessitar de transfusão de sangue. Só de pensar em não conseguir identificar os sintomas é de tirar a paz, não é mesmo?
Mas fique tranquila, primeiro você precisa saber que a hemólise induzida só vai acontecer se a criança for exposta a um agente indutor (medicamento, alimento ou infecção não tratada), porém eu sei que você é uma mãe zelosa e que segue as restrições arrisca.
Sei também que as vezes é impossível uma criança não adoecer, e que diante de um filho doente logo vem o desespero de uma possível hemólise acontecer, mas não precisa surtar, fique calma, esteja atenta aos sintomas e diante de qualquer sinal de hemólise recorra ao hospital.
Muitos pais ainda me questionam sobre os sintomas e o que fazer para combater o processo de hemólise. Bem, eu darei dicas simples (que não substitui o acompanhamento de um profissional).
Sintomas de hemólise:
Palidez, ictericia, fadiga (cansaço), falta de ar, batimentos acelerados, dor no abdome, nas pernas e nas costas, sonolência, falta de apetite, urina escura e aumento do baço, são alguns sintomas. Porém nem sempre os sintomas se manifestam todos juntos.
Mas a certeza que eu te dou é que em um processo de hemólise severa os sintomas são inconfundíveis (quando já se tem o diagnóstico da deficiência), ou seja, se a criança sofrer uma hemólise severa será impossível que você não perceba a tempo de correr para a emergência.
Agora, quando o assunto é hemólise leve, aí já não tem muito pra onde fugir, porque ela pode acontecer e você nem perceber, porém o risco de acontecer é apenas se a criança entrar em contato com um agente indutor, e eu sei que você é uma mãe super zelosa né rs.
O que fazer diante de um hemólise:
Primeiro se houver suspeita de hemólise leve (caso a criança tenha tido contato com um agente indutor) a melhor coisa a fazer é observar a criança e manter hidratada, dê bastante liquido e observe, caso manifeste sintomas, entre em contato com o médico da criança ou se o quadro for severo leve para o hospital (nunca esqueça a lista de restrição, ok?)
Geralmente uma hemólise cessa conforme o agente indutor é eliminado do organismo da criança, na maioria dos casos apenas observação e hidratação já o suficiente para a recuperação, mas em casos mais extremos a transfusão de sangue se faz necessário.
O segredo é NÃO SURTE! Parece impossível né rs, mas você da conta, saiba que a força de uma mãe é inexplicável e surge nos momentos mais caóticos da nossa vida.
Aqui já passamos por 3 quadros de hemólises que nos levaram para o hospital, em breve conto nossa experiência, o que provocou as hemólises e como eu lidei com a situação. Até breve!
Att, Nilza
Amo seus artigos, sempre me ajudam!
Que bom que tem ajudado!